Publicado em 03/05/2010

Audiências de conciliação em BH terminam com saldo positivo

As audiências realizadas pela Central de Conciliação de Belo Horizonte, em Minas Gerais, terminaram às 17 horas, com resultado positivo para a sociedade. Nas 40 audiências realizadas à tarde o índice de acordo manteve o patamar de 60%. Trinta audiências tiveram a data redesignada pela ausência das partes. Durante todo o dia, o resultado superou as expectativas, foram realizadas, no total, 89 audiências e, dentre essas, 60 terminaram em acordo, o que dá um percentual de 67,4%. A juíza coordenadora da Central de Conciliação, Ângela de Lourdes Rodrigues, disse estar surpresa com a presença significativa das partes chamadas para essa conciliação. “É uma experiência de sucesso para o Tribunal, já que o índice de acordo foi extremamente favorável”, afirmou. Segundo ela, o trabalho da Conciliação é conscientizar as partes, capacitando-as a resolver os seus conflitos. “Estamos trabalhando com a cultura da conciliação, de forma a recuperar a cidadania do indivíduo”, disse. Para o juiz auxiliar da Central de Conciliação, Luiz Gonzaga Silveira Soares, quando as partes estão em conflito não conseguem perceber, ouvir ou conversar – não há possibilidade de acordo. “O que é feito aqui é sentar com as partes e propor o diálogo, são elas que propõem as soluções e entram em consenso”, declarou. Ainda segundo o juiz, o Dia Nacional da Conciliação foi significativo para contribuir com a mudança de cultura do brasileiro, conscientizando-o da importância de resolver os conflitos por meio do acordo, sem litígios desnecessários.Com a possibilidade mais concreta de conciliar as partes, muda o perfil de ajuizamento constante de ações que tramitam por vários anos na Justiça sem solução, devido ao acúmulo de demandas e às várias possibilidades de recursos em cada processo. “Fica bom para as partes e também para o advogado”, destacou. Com toda essa divulgação, o magistrado acredita que a partir de agora as partes irão refletir ainda mais, de forma a simplificar a resolução de seus conflitos: “Se vamos até a Justiça para conciliar, porque não nos conciliamos antes?”, enfatizou.Os dois juízes têm o mesmo pensamento quanto à força de um acordo quando é realizado pelas próprias partes. “A decisão compartilhada tem um comprometimento”, diz a juíza. Para o magistrado, “cria-se um vínculo até moral entre elas”.O Tribunal de Justiça de Minas espera que, depois das audiências do Dia Nacional de Conciliação, todos os envolvidos voltem às suas casas com a convicção de que “Conciliar é legal e faz bem”.